Investir nos sistemas de monitoramento e inteligência da região de fronteira do Amazonas com o Peru, Venezuela e a Colômbia para combater o tráfico de drogas e outros crimes, assim como melhorar o sistema prisional do Estado serão prioridades do governador eleito do Amazonas, Wilson Lima.
Para estes investimentos o Amazonas, maior estado brasileiro em extensão territorial, precisará de atenção especial e parceria direta com o governo federal.
Esse fortalecimento nas relações foi defendido por Wilson Lima no fórum de governadores, nesta quarta-feira (12/12), na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília. Foi a segunda reunião depois das eleições de outubro.
Participaram vinte e três governadores e dois vices eleitos, o vice-presidente eleito da República, General Humberto Mourão, o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, o atual ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o futuro secretário nacional de Segurança Pública, General Guilherme Theóphilo, além do presidente do OAB, Carlos Lamachia.
Wilson Lima requisitou a permanência do efetivo de 65 homens da Força Nacional de Segurança, no Amazonas, em 2019. Eles foram enviados logo após o massacre de cinquenta e quatro detentos dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em janeiro de 2017.
O futuro secretário nacional de Segurança Pública, General Guilherme Theóphilo, garantiu a continuidade da tropa no Estado, que atualmente, presta serviços no entorno dos presídios e na região de fronteira.
Cel. Louismar Bonates, que acompanhou o governador eleito, endossou o pedido em caráter de urgência.
“Nós vimos a necessidade, já que o atual governo ainda não oficializou junto ao governo federal o pedido de permanência dos homens da força nacional. E fizemos o pedido pessoalmente. O efetivo é fundamental para manutenção da ordem, principalmente no entorno dos presídios”, afirmou Bonates.
O governador eleito ainda defendeu mais investimentos nas ações de combate ao tráfico de drogas e contrabando de armas e outros crimes, sobretudo na região de fronteira onde há falta de estrutura e de pessoal.
É preciso instalar novas bases de segurança, implementar serviços de inteligência ao longo da fronteira e aumentar o efetivo. A Base Anzol da Polícia Federal, única na região, está desaparelhada e com defasagem de servidores.
“É preciso retomar o controle das fronteiras. Há um esforço muito grande das nossas polícias civil e militar para combater o tráfico de drogas, mas as distâncias são grandes e não há pessoal suficiente”, disse ele.
Ascom