Em crise, Vila Balbina pode ficar sem posto médico, por falta de energia, na próxima sexta (29), comunidade cobra resposta do Poder Executivo

A população da vila de Balbina, zona distrital do município de Presidente Figueiredo, está preocupada com a iminência do encerramento das atividades da unidade ambulatorial mantida pela Eletrobrás Amazonas Geração e Transmissão (GT), prevista para ocorrer nesta sexta-feira (29).

O anúncio do fim das atividades foi feito pelo gerente da Usina Hidrelétrica (UHE) Milton Menezes, na última quarta-feira (20), em Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores de Presidente Figueiredo.

Por meio de nota a Eletrobrás GT informou, nesta terça-feira (26), que está em tratativas com a Prefeitura de Presidente Figueiredo para garantir a manutenção da estrutura necessária da unidade ambulatorial. A empresa ressaltou que a pedido do órgão municipal, manterá as atividades básicas no lugar até o encerramento dos trâmites, desconsiderando a previsão inicial de fechar o ambulatório nesta sexta-feira.

Preocupação  

O ambulatório existe desde a criação da usina hidroelétrica de Balbina com o objetivo de prestar atendimento de baixa, média e alta complexidade aos funcionários da obra. Com o término, e a saída dos funcionários, a unidade ambulatorial passou a atender as demandas da população local.

Por meio de uma carta, a população expressa preocupação com o fechamento do ambulatório, uma vez que ele atende as demandas de aproximadamente oito mil habitantes, entre zona rural e urbana, bem como a população mais distante, localizadas em áreas abaixo e acima do rio Uatumã.

Uma manifestação pública está programada para acontecer nesta sexta-feira (26), às 16h30, em frente à unidade ambulatorial.

“Nossa luta é por um direito constitucional, o direito à saúde. Reivindicamos o não fechamento do único hospital que possuímos. É imprescindível que o ambulatório se mantenha aberto. É um direito da população atendimento médico de qualidade e com o fechamento do hospital a população se encontra desamparada”, diz a carta.

Posicionamento

A Eletrobrás Amazonas GT explicou que “não contempla no seu escopo de serviços atividades relacionadas à área da saúde”. Por isso enfrenta dificuldades em manter válidas as licenças necessárias junto aos órgãos de saúde para o funcionamento do ambulatório.

Questionada se adotará alguma medida para as demandas em Balbina, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) afirmou que a unidade em questão é um ambulatório de iniciativa privada, sem vínculo com o Governo do Estado, com características de Unidade Básica de Saúde (UBS).

“A Susam mantém convênio com a Prefeitura de Presidente Figueiredo para garantir o funcionamento do Hospital Geral Eraldo Neves Falcão, na sede do município, responsável pelos atendimentos de média e alta complexidade na urgência e emergência e internações. As UBSs fazem atenção primária e são de responsabilidade da prefeitura de cada município”, diz o comunicado.

Na tentativa de conhecer quais medidas a Prefeitura de Presidente Figueiredo está tomando junto a Eletrobrás GT em prol do atendimento, não obtivemos retorno por parte do poder executivo.

Portal Acrítica

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