Pesquisadores brasileiros podem ter dado passos à frente nas pesquisas pela descoberta da cura da Aids. Esses pesquisadores são da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Em síntese, eles obtiveram resultados positivos numa experiência com 30 voluntários, conforme publicação do Canaltech.
As cobaias, no entanto, possuíam carga viral indetectável e, por isso, não podiam temporariamente transmitir a doença.
No mundo, são mais de 37 milhões de pessoas convivendo com o vírus HIV, conforme a Unaids.
Com milhões de indivíduos afetados diretamente ou indiretamente pela infecção, desde os anos 1980, chega a notícia da esperança de cura.
O trabalho científico é coordenado pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz. Ele é diretor do Laboratório de Retrovirologia do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina (EPM/ Unifesp).
A pesquisa envolveu, na sua primeira etapa em 2013, a participação dos 30 voluntários que possuíam carga viral indetectável. Ou seja, não podiam temporariamente transmitir a doença.
Além disso, esses voluntários eram tratados com o coquetel tradicional, que é o tratamento mais eficiente conhecido, até então. O coquetel é composto de três tipos de antirretrovirais.
Agora, segundo informações preliminares, a equipe conseguiu eliminar a presença do HIV do organismo de um homem.
O paciente vivia com esse vírus havia sete anos. E o tratamento experimental não envolveu transplante de medula para a cura.
Até agora, esse paciente está há 17 meses sem sinal do micro-organismo.
Como funciona a vacina
Aguardando a publicação dos resultados finais do estudo desenvolvido pela Unifesp, um dos pacientes está há 17 meses sem a presença do HIV no organismo, após esse tratamento nacional inédito, segundo a CNN.
Esse modelo de tratamento funciona a partir de células dendríticas — uma das principais células do sistema imune para a identificação de antígenos — e é feito de forma individual, sob demanda, para cada paciente.
As células dendríticas são importantes unidades funcionais no sistema imunológico, porque capturam microrganismos prejudiciais no organismo.
Elas também apontam para os linfócitos, outras células do sistema, quais agentes infecciosos devem ser atacados.
Por sua vez, esses linfócitos aprendem a identificar e eliminar o HIV presente no organismo, mesmo onde os antirretrovirais não chegam ou, quando chegam, atuam de forma modesta no cérebro, intestinos, ovários e testículos.
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Foto: Reprodução/Biomedicina Padrão