Polícia Federal investiga Deputado federal do AM e empresários supostamente envolvidos com crimes de corrupção e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (15), a Operação Seronato, para investigar possíveis práticas de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A PF informou que o deputado federal Delegado Pablo (PSL), licenciado da corporação, é um dos alvos da operação.

Ainda conforme a PF, também são investigados dois familiares do deputado, além de dois empresários e da ex-sócia de uma das empresas envolvidas. Os nomes dos outros investigados não foram divulgados. O G1 tentou contato com o Delegado Pablo, mas, até a publicação desta matéria, não obteve sucesso.

Em Manaus, nesta sexta, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juiz da 2ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Estado do Amazonas. De acordo com a PF, a operação inaugura a fase ostensiva de dois Inquéritos Policiais instaurados em janeiro e maio de 2019.

Ainda conforme a PF, as provas dos crimes e indícios de autoria colhidos ao longo do primeiro inquérito indicam que o Delegado Pablo teria se prevalecido do cargo ao fazer mau uso das informações obtidas durante a investigação que resultou na Operação Udyat, deflagrada em 2012. A Polícia Federal informou que o delegado teria viabilizado, de forma indevida, o agenciamento da venda de uma empresa pertencente a sua mãe, pelo valor de R$ 500 mil.

Operação que investiga deputado federal Delegado Pablo cumpriu mandados de busca e apreensão, nesta sexta (15), em Manaus. — Foto: Eduardo Andrade/Rede Amazônica

Operação que investiga deputado federal Delegado Pablo cumpriu mandados de busca e apreensão, nesta sexta (15), em Manaus. — Foto: Eduardo Andrade/Rede Amazônica

A segunda investigação, ainda conforme a PF, pretende esclarecer práticas de crimes de falsidade ideológica, favorecimento em razão do cargo e lavagem de dinheiro. Esses crimes teriam sido praticados na subcontratação da empresa registrada em nome da mãe do policial federal, para que ela executasse o paisagismo do Aeroporto Internacional de Manaus, pelo valor de R$ 1,2 milhão.

O nome da operação é uma alusão às suspeitas de que um dos investigados teria se prevalecido do cargo policial para cometer fatos que tinha, por dever, reprimir.

Fonte: G1

Divulgação: Portal Uatumã

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