Manaus – O ex-secretário do Programa Estadual de Proteção e Orientação do Consumidor (Procon Manaus), Rodrigo Guedes, afirmou que revelará o segredo de carteis de combustíveis que atuam há 20 anos no Amazonas.
Segundo Guedes, o aumento dos preços dos combustíveis é um mecanismo que usam para prejudicar duplamente a população, primeiramente para camuflar o aumento abusivo e para fugir de pagamento de impostos no período após o aumento.
Rodrigo Guedes declarou em coletiva de imprensa realizada as 17h no bairro: Parque Dez em frente um Posto de Combustível em Manaus.
Como avisei, os postos, através do cartel, aumentaram absurdamente o preço, chegando a 1 R$ de aumento, deixando o preço final em R$ 4,69. Eles estavam baixando para aumentar absurdamente sob os olhos de todas as autoridades e da população. Um verdadeiro tapa na cara da sociedade. Concomitantemente, os vereadores de Manaus aprovaram o projeto enviado pelo Executivo Municipal que extingue o Procon Manaus “.
Guedes explica que não tem medo de falar sobre o assunto que afeta diretamente a população amazonense, que abastece os veículos diariamente.
“É o sistema agindo em todas as frentes em perfeita sintonia para que o cidadão não tenha defesa. Revelarei como é o esquema que os postos fazem com essas baixas, única e exclusivamente para aumentar o lucro e o por que dessa baixa, que uns podem pensar que é alguma benevolência, mas na verdade é um mecanismo para lucrar mais ainda. Não tenho medo, não estou a venda, não irei me calar, não irão me calar”, afirmou Rodrigo.
Contra o aumento
Em abril, Rodrigo Guedes protocolou no Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) um pedido de prisão aos donos de postos e distribuidoras de combustíveis que não reduziram o preço da gasolina, de acordo com as reduções praticadas pela Petrobras, incorrendo em crime contra a economia popular e contra as relações de consumo.
A batalha entre Procon e o mercado de combustíveis vem desde 2018, o que resultou numa série de subidas e descidas no preço.
“Há 20 anos atua, de forma impune, um cartel de postos e distribuidoras na cidade de Manaus e a cada 10 centavos que não são reduzidos são retirados diretamente do bolso da população 10 milhões. Somando toda a não redução podemos chegar entre 100 a 150 milhões de reais de prejuízos à população somente nesses três meses e se somarmos todos os anos chegamos a casa dos bilhões de reais a menos para o consumidor. Não podemos aceitar isso.” finalizou Guedes.
Assista coletiva:
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Divulgação: Portal Uatumã