Cardiologista Nabil Ghorayeb comenta estudo feito com idosos ativos e sedentários que mostrou que o risco da doença pode ser reduzido através da simples prática de atividade física. Caminhar ou correr mantém o cérebro ativo e saudável depois dos 60 anos. É o que sugerem novos estudos científicos de alta credibilidade. Os idosos que andam ou trotam entre 6km e 9km por semana apresentaram mais massa cinzenta no cérebro do que aqueles que levam uma vida sedentária. O exercício físico regular ajuda a proteger contra a deterioração do tecido cerebral no hipocampo e em outras áreas críticas para a memória, podendo proteger contra o Alzheimer e outros tipos de demência. O conceito atual é de que maiores quantidades dessa massa cinzenta significam um menor risco de vir a sofrer de distúrbios de memória e de comportamento em geral.
Assista e entenda, matéria cedida no JN na TV Globo
https://www.youtube.com/watch?v=xnodC7bSDV4
Com o avançar da idade o cérebro encolhe muito, o que afeta quase todas as suas funções. Na doença de Alzheimer, as células nervosas morrem e são substituídas por pedaços de proteína chamada Beta–Amiloide (Aβ). Junto com outra proteína cerebral chamada TAU, elas se agrupam em depósitos anormais de fragmentos, as placas dessas proteínas entre as células nervosas, formando a Doença de Alzheimer, um tipo de demência (que é a perda da função cerebral).
Nos últimos anos, a identificação dos biomarcadores para essa doença permitiu comparar os níveis das proteínas patológicas naqueles que são e aqueles que não são fisicamente ativos. A atividade física aeróbica não só melhora a função comportamental, como também o fluxo sanguíneo cerebral, reduzindo os níveis do Beta-Amiloide e Tau, proteínas causadoras dessa terrível demência.
Assim torna-se obrigatório, por parte dos profissionais da saúde, incentivar o exercício físico, em todas as fases da vida, dadas as evidências crescentes de que o risco da Doença de Alzheimer pode ser diminuído através da prática da atividade física como o simples caminhar e mesmo a corrida. Sem dúvida esses benefícios em qualquer idade, são um verdadeiro imperativo da saúde pública.
Nos últimos anos, também foram identificados biomarcadores para a Doença de Alzheimer, o que permitiu comparar os níveis Beta -amiloide (Aβ) e Tau – ambas as características da Doença de Alzheimer – naquelas pessoas que são e das que não são fisicamente ativas.
Fonte: Conferência Internacional de Associação de Alzheimer (AAIC) 2017.